Hoje parece loucura, mas nos anos 60 um carro que andava tanto na terra quanto na água virou realidade — e ainda foi vendido para o público! Estamos falando do lendário carro anfíbio dos anos 60, um projeto ousado que unia a mobilidade de um automóvel à versatilidade de uma lancha.
Sim, o carro realmente flutuava, navegava e ainda era capaz de atingir boas velocidades tanto no asfalto quanto em lagos, rios e até no mar calmo. Um feito e tanto para a engenharia da época.
Amphicar: o carro que virou lancha
O modelo mais famoso foi o Amphicar Model 770, produzido entre 1961 e 1968. Fabricado na Alemanha Ocidental, ele era vendido nos EUA como uma solução divertida e inovadora para quem queria mais do que um simples automóvel.
O carro anfíbio dos anos 60 usava um motor da Triumph, tinha tração nas rodas traseiras e hélices duplas para navegação aquática. A transição entre estrada e água era feita com um simples acionamento de alavanca no painel. Em menos de 30 segundos, o carro virava uma lancha!
Era seguro? Nem tanto…
Apesar de seu apelo visual e tecnológico, o carro anfíbio dos anos 60 tinha seus defeitos. Ele boiava, mas não era exatamente confiável. Entrava água na cabine com facilidade, e o sistema de vedação deixava a desejar. Sem falar no desempenho: ele fazia no máximo 110 km/h na terra e 12 km/h na água.
Mesmo assim, o modelo virou febre entre celebridades da época. Diz a lenda que até o presidente Lyndon B. Johnson tinha um Amphicar e adorava pregar peças em convidados, dirigindo direto para o lago de sua fazenda fingindo perder o controle.
Um fracasso comercial que virou ícone de colecionadores
No total, cerca de 3.878 unidades foram produzidas. A maioria foi vendida nos Estados Unidos, mas o modelo nunca chegou a ser um sucesso de vendas. O custo de produção era alto, e a manutenção exigia conhecimento técnico bem específico.
Mas, com o tempo, o carro anfíbio dos anos 60 ganhou status cult. Hoje, existem clubes dedicados ao Amphicar em vários países, e exemplares restaurados podem custar mais de R$ 500 mil em leilões.
Por que esse tipo de carro nunca pegou?
O mundo ainda não estava preparado para veículos anfíbios. A ideia era ótima, mas faltava infraestrutura, regulamentação e tecnologia para garantir segurança de verdade. Sem falar que o conceito de um carro que também navega era, para muitos, algo mais curioso do que prático.
Além disso, o carro anfíbio dos anos 60 sofreu com limitações técnicas sérias. O motor aquecia, o casco oxidava com facilidade e peças sobressalentes eram quase impossíveis de encontrar.
Curiosidades sobre o carro anfíbio dos anos 60
- O nome “Amphicar” vem da junção de “amphibious” (anfíbio) e “car”.
- O carro era considerado um “barco” oficialmente nos EUA — precisava ser registrado tanto como veículo automotor quanto como embarcação.
- Até hoje há encontros anuais de Amphicars nos Estados Unidos, com passeios coletivos em lagos e rios.
- Alguns exemplares sobreviveram à prova do tempo e continuam funcionando perfeitamente.
Conclusão: o carro anfíbio dos anos 60 foi uma ideia ousada que ainda fascina o mundo
O carro anfíbio dos anos 60 foi mais do que uma excentricidade. Ele representou o espírito de uma época em que tudo parecia possível. Mesmo não sendo um sucesso comercial, deixou um legado importante e até hoje fascina colecionadores e apaixonados por carros raros.
Se a ideia de carros voadores voltou com tudo, quem sabe os carros anfíbios não tenham uma segunda chance no futuro?
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