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Carro voador pousa em Nova York pela primeira vez e surpreende com custo baixo de voo

Carro voador pousa em Nova York pela primeira vez e surpreende com custo baixo de voo

O que antes parecia coisa de filme futurista acaba de se tornar realidade: um carro voador elétrico pousou pela primeira vez no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. O feito histórico aconteceu nesta terça-feira (3) e foi realizado pela startup norte-americana Beta Technologies, que já é uma das mais promissoras no setor da aviação elétrica urbana.

A aeronave, classificada como eVTOL (sigla em inglês para “aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical”), realizou um voo experimental de 45 minutos e transportou um piloto e quatro passageiros com total segurança. O teste foi feito com apoio da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, responsável pela gestão do terminal.


O que é um eVTOL e por que isso é tão importante?

Os eVTOLs são veículos elétricos que decolam e pousam verticalmente — como helicópteros —, mas com menor impacto ambiental, menos ruído e custo operacional bem mais baixo. Eles são considerados por muitos especialistas como o futuro do transporte urbano em grandes cidades congestionadas, oferecendo uma alternativa mais limpa e acessível do que helicópteros convencionais.

A ideia é que esses veículos sejam usados em trajetos curtos e rápidos, como do centro da cidade até o aeroporto, eliminando horas no trânsito. E, para surpresa de muitos, o custo do voo experimental em Nova York foi simbólico: apenas US$ 7 em energia elétrica — cerca de R$ 39. Para comparação, um helicóptero gastaria cerca de US$ 160 (R$ 900) para percorrer a mesma rota.


Avanço histórico da Beta Technologies

A responsável por esse passo histórico foi a Beta Technologies, uma empresa fundada em 2017 no estado de Vermont, que já arrecadou mais de US$ 1 bilhão em investimentos para desenvolver e certificar suas aeronaves. Em outubro de 2024, a empresa conseguiu levantar mais US$ 318 milhões em uma rodada de financiamento, o que reforçou ainda mais seu protagonismo no setor.

Segundo o fundador e CEO da Beta, Kyle Clark, o voo bem-sucedido em Nova York é resultado de anos de testes e pesquisas em ambientes variados. Em nota, ele declarou:

“Temos orgulho de demonstrar como essa aeronave pode ajudar as cidades, aliviando o tráfego, reduzindo emissões e ampliando o acesso à mobilidade aérea.”


E quando esses veículos vão começar a operar de verdade?

Nos Estados Unidos, a FAA (Administração Federal de Aviação) publicou em outubro do ano passado as regras oficiais para treinamento e certificação de pilotos de eVTOLs, considerado o último passo regulatório antes da entrada oficial dos carros voadores no mercado.

Isso significa que, a partir de agora, empresas como a Beta podem seguir com os trâmites finais para oferecer voos comerciais — algo que deve começar a acontecer nos próximos dois anos, segundo estimativas do setor.


E o Brasil, vai ficar de fora?

De forma alguma. O Brasil também está de olho nesse mercado promissor. A Embraer, por meio da subsidiária Eve Air Mobility, já está desenvolvendo seus próprios eVTOLs. A expectativa é que os primeiros voos comerciais aconteçam em 2026, com testes já programados para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Com o trânsito cada vez mais caótico nas grandes capitais, a proposta de “táxis aéreos elétricos” pode se tornar realidade mais cedo do que muitos imaginam.


Por que esse pouso em Nova York é tão simbólico?

Nova York é uma das cidades mais movimentadas do planeta e pousar um eVTOL justamente no JFK — um dos aeroportos mais movimentados dos EUA — não é apenas um teste técnico: é uma demonstração clara de viabilidade urbana.

Além disso, o fato de transportar passageiros reais, com segurança e baixo custo, mostra que essa tecnologia já está bem mais madura do que se pensava. O objetivo das empresas agora é ampliar os testes, melhorar a infraestrutura e ganhar a confiança do público.

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O futuro chegou?

Com certeza. O pouso do carro voador em Nova York mostra que estamos muito próximos de viver um cenário antes reservado apenas à ficção científica. Os eVTOLs estão prontos para decolar — literalmente — e devem transformar a forma como nos deslocamos pelas cidades. A dúvida que fica é: quando será a nossa vez de embarcar?

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