Todo 22 de junho, os apaixonados por carros se unem para celebrar o Dia Mundial do Fusca, uma data especial que homenageia um dos modelos mais icônicos da história da indústria automobilística. Amado por gerações, símbolo de simplicidade e resistência, o Fusca ultrapassou as barreiras do tempo e segue firme como um dos carros mais lembrados e queridos de todos os tempos.
Como surgiu o Dia Mundial do Fusca?

A data foi criada em 1995, por iniciativa de um grupo de entusiastas alemães que decidiram celebrar os 50 anos da volta da produção do Fusca após a Segunda Guerra Mundial. O modelo da Volkswagen foi o primeiro carro da marca, idealizado ainda na década de 1930 como um veículo popular, acessível e confiável.
A escolha do dia 22 de junho não foi por acaso: essa foi a data em que o acordo entre a Volkswagen e o governo militar britânico, que administrava parte da Alemanha após a guerra, garantiu a retomada oficial da produção do modelo. Desde então, a celebração se espalhou por diversos países, inclusive o Brasil — onde o Fusca tem uma legião de fãs fiéis.
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Fusca no Brasil: uma história de amor

Aqui no Brasil, o Fusca foi muito mais do que um simples carro. Produzido localmente entre 1959 e 1986 — e depois relançado entre 1993 e 1996 — o modelo marcou gerações, foi o primeiro carro de muita gente e ainda circula pelas ruas com orgulho. Chegou a ser o carro mais vendido do país por 23 anos consecutivos, algo impensável nos dias de hoje.
Fácil de manter, resistente e com peças acessíveis, o Fusca virou um símbolo de liberdade e mobilidade, especialmente nos anos 70 e 80. Em 1989, o então presidente Itamar Franco decidiu relançar o modelo como símbolo da indústria nacional, o que resultou no famoso “Fusca Itamar”.
Por que o Fusca é tão querido?

Existem muitos motivos para o Fusca ser um carro tão amado até hoje. Além do apelo nostálgico, ele tem características únicas que conquistaram milhões de motoristas ao redor do mundo. A mecânica simples e robusta, o visual arredondado e simpático e a confiabilidade na estrada tornaram o modelo quase imortal.
Para os colecionadores, cada detalhe conta: o painel metálico, o motor boxer refrigerado a ar na traseira, o som característico, o cheiro do estofado antigo. Tudo isso forma uma conexão emocional que ultrapassa a lógica e transforma o Fusca em parte da família de muita gente.
Celebrações pelo mundo
O Dia Mundial do Fusca é celebrado com encontros, passeios, exposições e desfiles, que reúnem donos e fãs do modelo em diversas cidades. Em São Paulo, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e várias outras regiões do Brasil, clubes organizam eventos temáticos para mostrar verdadeiras raridades e versões customizadas.
Na Alemanha, onde tudo começou, os encontros costumam reunir milhares de unidades, com fãs de todas as idades. É uma celebração que ultrapassa o carro em si — é sobre memória afetiva, estilo de vida e a paixão por um ícone que resistiu ao tempo.
Modelos que marcaram época
Ao longo das décadas, o Fusca teve várias versões e atualizações. No Brasil, o clássico 1300 foi um dos mais populares, assim como os modelos 1500 e 1600, mais potentes. No exterior, o modelo foi conhecido como Beetle, Käfer, Vocho, Bug e outros nomes carinhosos.
Em 1998, a Volkswagen lançou o New Beetle, com visual moderno inspirado no Fusca clássico, e mais tarde, em 2011, apresentou uma nova geração com linhas mais esportivas. Apesar de diferentes, esses modelos ajudaram a manter viva a herança do projeto original.

Um clássico eterno
Mesmo com o fim da produção do Fusca em 2003, no México — o último país a fabricá-lo em série — o modelo continua mais vivo do que nunca. Restaurado, customizado, modificado ou mantido original, o Fusca ainda é presença garantida em encontros de carros antigos e no coração dos apaixonados por automóveis.
O mercado de colecionadores continua aquecido, e muitos jovens redescobrem o modelo como seu primeiro carro clássico. Nas redes sociais, vídeos de Fuscas restaurados viralizam com facilidade, mostrando que o carisma do modelo atravessa gerações com facilidade.
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