O GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1 terminou com a vitória de Lando Norris, mas quem também chamou atenção foi seu companheiro de equipe, Oscar Piastri. O australiano fez um pedido incomum durante a corrida: queria que a McLaren aplicasse ordens de equipe para devolvê-lo à frente de Norris. A razão? Uma punição que ele considerou injusta e que, segundo ele, arruinou suas chances de vencer em Silverstone.
Mas será que o time britânico achou esse pedido absurdo? Muito pelo contrário. A McLaren deu uma resposta bem direta — e até compreensiva — sobre a atitude ousada de seu jovem piloto.
O que aconteceu com Piastri durante o GP da Grã-Bretanha?
Piastri vinha fazendo uma corrida sólida e estava entre os primeiros colocados quando tudo começou a desandar. Na volta 21, durante a presença do safety car, ele foi punido por uma manobra de frenagem considerada irregular pelos comissários. A direção de prova entendeu que ele freou de maneira perigosa, o que obrigou Max Verstappen — que vinha logo atrás — a desviar bruscamente.
Resultado: 10 segundos de penalidade, que foram aplicados no pit stop seguinte, tirando Piastri da briga direta pela vitória. Isso abriu o caminho para Norris dominar a corrida até o fim.
O pedido de Piastri que surpreendeu muita gente
Depois de cumprir a penalidade e voltar à pista, Piastri ainda estava com bom ritmo e próximo de Norris. Foi então que mandou uma mensagem pelo rádio, sugerindo à equipe que os dois trocassem de posição, já que a punição — na visão dele — foi exagerada.
Mesmo admitindo que não esperava uma resposta positiva, o piloto australiano decidiu arriscar. Segundo ele, não custava tentar, mesmo sabendo que a chance era mínima.
A resposta da McLaren: nada de bronca, só diálogo
O chefe de equipe da McLaren, Andrea Stella, não viu problema algum no pedido do piloto. Na visão dele, é melhor que os pilotos se expressem do que guardem frustração durante a corrida.
Stella explicou que a equipe sempre incentiva a comunicação aberta entre seus corredores. Se um piloto está descontente ou tem sugestões, deve falar ali mesmo, durante a prova. O importante é que a equipe analise a situação com calma e tome a melhor decisão.
No caso de Piastri, Stella deixou claro que entendeu o lado do piloto, mas reforçou que a equipe avaliou tudo com justiça. Como Norris não foi beneficiado de forma artificial, a posição final foi mantida.
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Estratégia dos boxes definiu o resultado
Outro ponto importante foi o momento da troca de pneus. Quando a pista secou e os carros trocaram os compostos intermediários por slicks, a diferença ficou ainda mais clara. Piastri foi o primeiro a parar, mas teve que cumprir os 10 segundos de punição. Norris, que parou uma volta depois, voltou com seis segundos de vantagem.
Ou seja, a diferença entre os dois surgiu naturalmente, como consequência das circunstâncias da corrida e da punição aplicada. Não houve nenhuma manobra interna para favorecer um piloto em detrimento do outro.

E se tivesse um novo safety car?
Andrea Stella também revelou que a equipe já tinha considerado um cenário alternativo. Se houvesse outro safety car perto do final da corrida, a McLaren deixaria que os dois pilotos parassem juntos. Nesse caso, Piastri pagaria sua punição e ambos voltariam à pista na mesma ordem em que estavam.
Como esse cenário não se concretizou, a equipe seguiu com o plano original. E, na visão do chefe da McLaren, isso foi justo para todos.
Piastri aceitou a decisão?
Apesar da frustração inicial, tudo indica que Piastri entendeu o ponto de vista da equipe. Ele mesmo reconheceu que fez o pedido mais por esperança do que por convicção. E, ao final da corrida, não houve clima ruim ou reclamações públicas.
Na verdade, o episódio acabou reforçando a filosofia da McLaren: pilotos livres para se expressar, equipe responsável por tomar decisões com base no coletivo.
Conclusão: um episódio curioso, mas bem resolvido
O GP da Grã-Bretanha foi intenso dentro e fora das pistas. O pedido de Piastri por ordens de equipe gerou debate, mas não virou crise. Pelo contrário: a McLaren usou o episódio para reforçar sua postura transparente e equilibrada.
No fim das contas, Norris venceu diante da torcida britânica, Piastri mostrou personalidade, e a equipe segue firme na disputa entre as grandes da temporada. E o mais importante: tudo foi resolvido no rádio, sem dramas — exatamente como se espera de uma equipe que aposta no diálogo e na maturidade dos seus pilotos.
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