Cuidado ao abastecer! ANP corta fiscalização em julho e deixa motoristas vulneráveis nos postos

Julho começou com um alerta importante para todos os motoristas: os combustíveis vendidos nos postos não serão fiscalizados durante o mês inteiro. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) suspendeu temporariamente o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC), e isso afeta diretamente quem vai abastecer o carro em julho.

A suspensão vai de 1º a 31 de julho, e isso significa que, neste período, nenhuma verificação de qualidade será feita nos postos de gasolina, etanol ou diesel do Brasil. Em outras palavras: você pode estar colocando combustível adulterado no tanque sem nem saber.

Por que a ANP suspendeu as fiscalizações?

A ANP informou que o motivo da suspensão está relacionado a um corte orçamentário severo. Com menos dinheiro em caixa para manter suas atividades, a agência decidiu dar uma pausa temporária no monitoramento da qualidade dos combustíveis.

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Os números explicam a gravidade da situação:

  • Em 2013, a ANP tinha R$ 749 milhões (corrigidos pela inflação) para despesas discricionárias.
  • Em 2024, esse valor caiu para apenas R$ 134 milhões, uma redução de 82%.
  • Para 2025, a previsão inicial era de R$ 140,6 milhões, mas o Decreto nº 12.477, publicado em maio, cortou mais R$ 27,7 milhões desse valor.

Com apenas R$ 105,7 milhões para o próximo ano, a ANP teve que priorizar algumas áreas — e o monitoramento da qualidade dos combustíveis foi deixado de lado, pelo menos neste mês.

Abastecer o carro em julho exige atenção redobrada

Com a suspensão da fiscalização, o risco de abastecer o carro com combustível adulterado aumenta muito. Postos de má-fé podem aproveitar esse vácuo na fiscalização para vender gasolina, etanol ou diesel fora do padrão, o que pode danificar o motor, comprometer o desempenho e até reduzir a vida útil do veículo.

E não pense que isso é exagero: combustíveis adulterados são uma das principais causas de problemas mecânicos em carros no Brasil. Quando não há fiscalização ativa, a chance de cair em uma armadilha é real.

Como se proteger ao abastecer o carro em julho

Mesmo com a suspensão das fiscalizações da ANP, o motorista não está totalmente desprotegido. Com algumas dicas simples, dá para reduzir os riscos:

1. Abasteça sempre no mesmo posto de confiança

Se você já conhece um posto que nunca deu problema, não é hora de testar alternativas. Evite abastecer em locais desconhecidos ou muito baratos.

2. Desconfie de preços muito abaixo da média

O preço médio da gasolina no Brasil está em torno de R$ 6,23, segundo a própria ANP. Se você encontrar um posto oferecendo gasolina a R$ 5,40, por exemplo, é bom desconfiar. Pode ser produto adulterado.

3. Peça a nota fiscal

Ela serve como prova de onde você abasteceu, e pode ser essencial em caso de problemas no carro.

4. Fique de olho no comportamento do carro

Se o carro começar a falhar, perder potência ou gastar mais do que o normal depois de abastecer, pode ser sinal de combustível de má qualidade. Leve ao mecânico e guarde a nota do posto.

5. Evite encher o tanque em postos suspeitos durante viagens

Com o aumento das viagens em julho, por conta das férias escolares, muita gente vai abastecer em cidades que não conhece. Redobre o cuidado nesses momentos.

Gasolina cara e agora com mais riscos

O preço médio dos combustíveis já pesa no bolso — e agora, em julho, ainda vem o risco da falta de controle de qualidade. Em um cenário onde a gasolina ultrapassa os R$ 6 em várias regiões e o orçamento das famílias está apertado, qualquer dano ao carro por combustível adulterado pode ser um prejuízo enorme.

E o pior: o consumidor pode nem conseguir responsabilizar o posto, já que não haverá laudos técnicos da ANP no período para comprovar adulterações.

Conclusão: abastecer o carro em julho exige cuidado como nunca

O mês de julho será atípico — e perigoso — para quem depende do carro no dia a dia. Sem fiscalização da ANP, abastecer o carro em julho vira um jogo de risco. É preciso confiar nos postos certos, evitar ofertas tentadoras e ficar atento ao comportamento do veículo.

A boa notícia é que, com precaução, dá para passar ileso por esse período. Mas a dica principal é clara: não arrisque onde não conhece.

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