Redução de imposto em carro popular flex pode aquecer setor automotivo até 2026

O governo federal resolveu dar uma mãozinha pro bolso do brasileiro — e, de quebra, dar uma respirada na indústria automotiva. Foi anunciado hoje um novo programa que vai reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros populares flex fabricados no Brasil. A medida faz parte do pacote de incentivos do programa Mover, e ganhou o nome de Carro Sustentável.

O anúncio foi feito direto do Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin. A ideia do governo é clara: estimular a venda de veículos mais acessíveis e menos poluentes, e ainda dar um gás na produção local, que anda bem devagar nos últimos anos.


Carro popular flex: quem vai se beneficiar?

A redução do imposto vai atingir principalmente os modelos 1.0 flex — aqueles que rodam tanto com etanol quanto com gasolina, e que têm motor com até 90 cavalos de potência. Ou seja, os carros mais básicos e econômicos da frota nacional.

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Modelos como Fiat ArgoFiat Cronos e outros similares estão na mira dessa redução. Eles pagavam uma alíquota de 7% de IPI, que deve cair consideravelmente com a nova regra. Mas atenção: carros 1.0 turbo não entram na brincadeira. O foco é nos modelos aspirados mesmo.


Carro popular flex precisa ser feito no Brasil

Outro ponto importante: o benefício só vale para carros fabricados em solo brasileiro. Isso significa que, por enquanto, modelos 100% elétricos de marcas como BYD ficam de fora — a não ser que a produção deles aconteça aqui no Brasil, como já está previsto com a nova planta da montadora em Camaçari, na Bahia.

Esse detalhe reforça uma das intenções principais do programa Carro Sustentável: aumentar a produção nacional e reduzir a dependência de carros importados, que hoje dominam uma fatia importante do mercado, muitas vezes com preços mais competitivos.

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Quem pode aproveitar o desconto?

Tanto pessoas físicas quanto empresas, como locadoras de veículos, poderão aproveitar os benefícios da redução do IPI nos carros populares flex. A regra não estabelece um teto de preço para os veículos beneficiados, mas define que os descontos só se aplicam a modelos considerados populares e que atendam aos critérios técnicos já citados (1.0, flex, até 90 cv e produção nacional).


Carro popular flex e o impacto esperado na economia

O governo está apostando alto nesse incentivo como forma de aquecer o mercado automotivo, que anda patinando com produção em baixa, juros nas alturas e concorrência pesada dos carros importados.

A expectativa é que a redução de imposto em carro popular flex ajude a aumentar as vendas, dar fôlego às montadoras e ainda estimular o consumo interno de etanol, fortalecendo também a cadeia do agronegócio envolvida na produção do biocombustível.


Até quando vai o Carro Sustentável?

O programa Carro Sustentável tem prazo para acabar: dezembro de 2026. Ou seja, ele já nasce com data marcada para terminar, o que pode acelerar ainda mais as decisões de compra dos consumidores. Afinal, quem estiver pensando em trocar de carro nos próximos meses pode se beneficiar de um desconto direto na nota fiscal, sem precisar de sorteio, financiamento diferenciado ou qualquer burocracia extra.


E os elétricos? Onde entram nisso?

Por enquanto, os veículos 100% elétricos não têm desconto pelo Carro Sustentável, justamente por causa da exigência de fabricação nacional. Porém, o cenário pode mudar nos próximos meses, principalmente com empresas como a BYD iniciando produção local.

Aliás, é provável que, em breve, o governo anuncie novas medidas específicas para estimular o segmento dos elétricos — já que a agenda ambiental segue firme como prioridade no Planalto.


Vale a pena ficar de olho

Se você está de olho em trocar de carro, essa pode ser a melhor hora. Os modelos 1.0 flex estão entre os mais econômicos do mercado, tanto no consumo quanto no preço de manutenção. E agora, com a redução do IPI, eles ficam ainda mais atraentes. Além disso, como o programa vai até 2026, pode ser que os valores caiam ainda mais ao longo do tempo, à medida que as montadoras ajustem suas linhas de produção e lancem versões otimizadas.

E mais: o programa pode ser um bom termômetro do que vem por aí em termos de política pública para mobilidade. Afinal, o incentivo ao carro popular flex é só uma parte de um projeto maior que envolve eficiência energética, menor emissão de poluentes e fortalecimento da indústria nacional.

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