É oficial: a Stellantis acaba de anunciar Antonio Filosa como novo CEO global. A partir do dia 23 de junho de 2025, o executivo assume o cargo máximo do grupo automotivo, que estava vago desde a saída de Carlos Tavares. E olha, a missão de Filosa não vai ser nada fácil: ele assume em meio a uma crise de rentabilidade, especialmente da Jeep nos Estados Unidos.
Pra quem não conhece, Antonio Filosa tem uma longa história com o grupo. São 25 anos de carreira, passando por empresas que hoje fazem parte da Stellantis, como Fiat e FCA. Ele já ocupou cargos de liderança no Brasil, na Argentina, nos EUA e atualmente é o chefe das operações nas Américas, além de diretor de qualidade.
Quem é Antonio Filosa, novo CEO global da Stellantis?
Formado em engenharia industrial, Filosa é italiano e começou sua jornada no grupo ainda na época da Fiat. Ele passou por diversas áreas — produção, planejamento, qualidade e gestão — e tem experiência com várias marcas do conglomerado, como Jeep, Fiat, Peugeot e Citroën.
Filosa ficou conhecido por encarar de frente crises e desafios técnicos. Um exemplo foi o caso do famoso “problema do DPF” da Fiat Toro diesel, que causava falhas no motor por alterar a viscosidade do óleo. Ao invés de negar, ele admitiu a falha, resolveu o problema e reconstruiu a confiança na marca.
Um histórico de resultados concretos
Na América do Sul, Antonio Filosa tem um currículo de peso. Sob sua liderança:
- A Fiat Strada virou o carro mais vendido do Brasil.
- A Jeep se consolidou como a líder entre os SUVs com o Renegade e o Compass dominando seus segmentos por anos.
- A Citroën passou por uma reformulação de posicionamento e design.
- O Peugeot 208, produzido sobre a plataforma CMP, ganhou força no mercado argentino e hoje lidera as vendas no país.
Além disso, durante o governo de Alberto Fernández, ele liderou a Stellantis na Argentina durante uma crise severa de abastecimento de peças, garantindo a continuidade da produção e vendas.
O que espera o novo CEO global da Stellantis?
O momento é de transformação. Filosa vai encarar de cara três grandes desafios:
- Lucratividade na América do Norte – A Jeep enfrenta queda nas vendas e na margem de lucro. Filosa terá que agir rápido para corrigir a rota.
- Transição para eletrificação – A Stellantis precisa acelerar seus projetos híbridos e elétricos, especialmente para as marcas Jeep e Fiat. Ele vai comandar esse movimento na América do Sul e também globalmente.
- Chegada da Leapmotor – A marca chinesa de carros elétricos, que agora tem parceria com a Stellantis, vai estrear em países como o Brasil e a Argentina, com modelos populares e elétricos acessíveis. Filosa está à frente dessa ofensiva.
Foco em inovação e tecnologia
A nomeação de Antonio Filosa como CEO global da Stellantis também reforça o compromisso do grupo com a inovação. Ele é um entusiasta de soluções tecnológicas, produção eficiente e, principalmente, do equilíbrio entre custo, qualidade e desempenho. Isso vai ser crucial pra marca ganhar espaço em mercados onde rivais como BYD e Tesla já estão nadando de braçada.
Por que a Stellantis escolheu Antonio Filosa?
A decisão mostra que a empresa quer alguém com experiência de verdade, que conhece as operações por dentro e por fora. E Filosa não é só um executivo de escritório. Ele esteve nas fábricas, negociou com sindicatos, lidou com governos em tempos de crise e ajudou a construir o sucesso de produtos que hoje são líderes de mercado.
E mais: ele fala a linguagem das equipes locais, dos engenheiros e também do mercado financeiro. Ou seja, é um CEO com visão técnica, estratégica e humana — algo raro hoje em dia.
Conclusão
A chegada de Antonio Filosa como CEO global da Stellantis marca uma nova fase para o grupo. A aposta é clara: colocar no comando alguém que entende de produto, conhece os bastidores da indústria automotiva e sabe liderar com firmeza mesmo nas turbulências. O cenário não é dos mais fáceis, mas se tem alguém preparado pra esse desafio, é ele.
Agora é esperar pra ver como Filosa vai comandar essa virada global — e, claro, acompanhar de perto as mudanças que isso pode trazer para os carros que a gente vê nas ruas do Brasil e do mundo.
