Uma das máquinas mais raras e potentes já criadas pela Ferrari acaba de chegar ao Brasil. Trata-se da Ferrari Daytona SP3, um superesportivo avaliado em cerca de R$ 12 milhões, que desembarcou recentemente no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre, em Recife (PE), após ser importado de Lisboa, Portugal.
O modelo faz parte da série Icona, um seleto grupo de modelos criados para homenagear o passado glorioso da escuderia italiana nas pistas. A Daytona SP3 é inspirada diretamente nos carros de corrida da marca que protagonizaram a icônica vitória tripla da Ferrari nas 24 Horas de Daytona de 1967.
Terceira unidade da SP3 no país

Segundo informações de Wagner Marques, do perfil especializado Pernambuco Exóticos (PEEX), esta é a terceira unidade da Daytona SP3 a entrar em território brasileiro. O exemplar se destaca não só pela exclusividade da produção — foram feitas apenas 599 unidades no mundo inteiro — mas também pelo acabamento visual único.
A unidade traz a pintura chamada “Blue Swaters”, um tom de azul royal metálico que realça a silhueta escultural do carro. O acabamento em três camadas perolizadas intensifica ainda mais o brilho e a sofisticação da carroceria, tornando-a um verdadeiro item de colecionador.
Design que une passado e futuro
O visual da Daytona SP3 é uma verdadeira obra de arte sobre rodas. A Ferrari buscou inspiração nos modelos P3/4, 330 P4 e 512 S — todos ícones das pistas nos anos 60. A carroceria tem linhas agressivas, entradas de ar funcionais e detalhes que remetem ao espírito das corridas de resistência.
A traseira é marcada por uma assinatura luminosa horizontal com várias lâminas finas de LED, enquanto a dianteira ostenta faróis retráteis e um capô com recortes aerodinâmicos profundos. O conjunto é montado sobre uma estrutura monocoque de fibra de carbono, garantindo rigidez e leveza extremas.
Motor V12 naturalmente aspirado — uma raridade em 2025

O coração da Daytona SP3 é um espetáculo à parte. Enquanto a maioria dos superesportivos modernos migra para eletrificação ou turbos, a Ferrari apostou em um motor V12 6.5 litros naturalmente aspirado, herdado da 812 Competizione — mas com melhorias.
Ficha técnica da Ferrari Daytona SP3:
- Motor: V12 6.5L aspirado (F140HC)
- Potência: 840 cv a 9.250 rpm
- Torque: 71,1 kgfm a 7.250 rpm
- Aceleração 0-100 km/h: 2,85 segundos
- Velocidade máxima: 340 km/h
- Câmbio: Automatizado de dupla embreagem, 7 marchas
- Tração: Traseira (RWD)
- Peso seco: 1.485 kg
- Distribuição de peso: 44% frente / 56% traseira
- Pneus: Pirelli P Zero Corsa específicos para o modelo
- Freios: Carbono-cerâmica com pinças Brembo
Esse conjunto proporciona não só números impressionantes de performance, mas também uma experiência visceral, com som puro do V12 que grita até as 9.500 rpm. Algo raro em tempos de motores silenciosos e eletrificados.
Interior focado no piloto e nos detalhes

Por dentro, a Ferrari apostou em um ambiente minimalista e focado na condução esportiva. O painel é limpo, com comandos integrados ao volante, seguindo a filosofia “manettino”. Os bancos são integrados à estrutura do carro, com ajustes no pedal e no volante.
Os materiais usados incluem fibra de carbono aparente, alumínio escovado e couro italiano sob medida. Tudo foi desenhado para oferecer o máximo de ergonomia e leveza, com uma pegada retrofuturista que remete aos cockpits de corrida dos anos 60.
Exclusividade tem seu preço
Com apenas 599 unidades fabricadas no mundo, a Daytona SP3 não foi vendida para qualquer um. A Ferrari selecionou os compradores com base em sua fidelidade à marca e histórico de colecionismo. No Brasil, estima-se que cada exemplar custe entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, já com impostos e taxas de importação.
A chegada da unidade “Blue Swaters” ao Recife reforça o crescimento do mercado de superesportivos no país, especialmente entre os colecionadores mais exigentes.
Conclusão
A Ferrari Daytona SP3 não é apenas um carro — é uma declaração de poder, exclusividade e paixão pela velocidade. Com sua combinação de design icônico, motor V12 aspirado e produção limitada, ela já é considerada um clássico instantâneo entre os superesportivos modernos.
E agora, com mais uma unidade rodando em solo nacional, os brasileiros têm a chance de ver de perto uma verdadeira lenda viva da engenharia italiana.
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