A nova geração do Renault Duster acaba de desembarcar em solo sul-americano — mas não se anime tanto se você está no Brasil. Apesar de ter sido apresentada com um visual renovado, motor híbrido leve e até tração 4×4, a nova versão do SUV foi descartada oficialmente para o mercado brasileiro. A estreia será restrita à Colômbia, onde o modelo chega como importado ainda em 2025.
Enquanto isso, a Renault por aqui segue com outra estratégia, focada em modelos inéditos desenvolvidos especialmente para o nosso mercado. A grande aposta, inclusive, é o Renault Boreal, que chega para preencher a lacuna deixada por modelos como Sandero, Logan e, claro, o antigo Duster.
Mas afinal, por que a nova geração do Duster ficou de fora do Brasil? E o que esse novo modelo oferece de tão interessante? A gente te explica tudo a seguir.
Nova geração do Renault Duster chega com motor híbrido e tração 4×4

Apresentado inicialmente na Europa no fim de 2023, o novo Duster passou por uma transformação completa. Ele agora adota a nova linguagem visual da Renault, com um design mais robusto, faróis afilados em LED e uma postura mais imponente de SUV.

O grande destaque dessa nova geração é o motor híbrido leve, um conjunto formado por um motor 1.2 turbo a gasolina de 129 cv e 23,5 kgfm de torque, combinado a uma bateria de 48V. O sistema ajuda na redução do consumo de combustível e nas emissões, mantendo uma performance interessante para quem quer um carro mais eficiente, mas sem abrir mão de potência.

O modelo conta ainda com câmbio automatizado de dupla embreagem de seis marchas e tração 4×4, algo que agrada especialmente os consumidores de países com estradas mais desafiadoras — como é o caso da Colômbia, onde o SUV foi confirmado.
Por que o Brasil ficou de fora?
A decisão de não trazer o novo Duster ao Brasil foi tomada pela própria Renault América do Sul em 2023. O motivo? A montadora decidiu seguir um caminho mais alinhado com a nova filosofia global da marca, que busca se afastar da imagem de “marca de baixo custo” herdada da Dacia — a divisão romena do grupo Renault, responsável pelo desenvolvimento do antigo Duster, Logan e Sandero.
Com isso, a Renault brasileira optou por investir em modelos próprios e mais sofisticados, deixando de lado projetos derivados da Dacia. O novo Duster, apesar da evolução técnica e visual, ainda mantém raízes profundas na plataforma CMF-B da Dacia, o que não se encaixaria na nova estratégia da marca por aqui.
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Aposta brasileira: SUV Boreal vem aí

A grande aposta da Renault no Brasil é o SUV Boreal, que chega ao mercado em julho de 2025. Desenvolvido localmente, ele tem a missão de competir com pesos-pesados como Jeep Compass e Toyota Corolla Cross, e marcar uma nova fase da marca francesa por aqui.
Com porte médio, visual moderno e motorização turbo flex, o Boreal promete elevar o patamar da Renault no Brasil. Ele também deve dar origem a uma picape derivada, que chegará em 2026 para brigar com Fiat Toro e Ram Rampage.
Essa estratégia mostra claramente que a marca quer subir de patamar no país, deixando para trás a herança dos antigos “carros baratos” e apostando em um portfólio mais valorizado, tanto em acabamento quanto em conteúdo tecnológico.
E o Duster atual, continua?
Apesar da nova geração ter sido descartada para o Brasil, o Duster atual segue em linha por aqui, pelo menos até a chegada de seus substitutos. No entanto, ele já mostra sinais de cansaço frente aos concorrentes mais modernos — tanto em design quanto em tecnologias embarcadas.
A Renault ainda oferece versões com motor 1.6 aspirado e 1.3 turbo, mas a plataforma mais antiga e a falta de versões híbridas ou elétricas reduzem sua competitividade em um mercado cada vez mais exigente.
Colômbia sai na frente, Brasil observa de longe
A chegada do novo Duster na Colômbia mostra que, apesar de descartado no Brasil, o modelo ainda tem fôlego em mercados vizinhos. O SUV será vendido como importado, o que indica uma aposta mais pontual da Renault colombiana, mirando consumidores que valorizam tração 4×4 e visual renovado.
Resta saber se, no futuro, a estratégia da Renault brasileira pode mudar — especialmente se houver uma pressão maior por SUVs híbridos e mais acessíveis.
Por enquanto, o Brasil vai ficar só olhando de longe a evolução do Duster, enquanto se prepara para receber um novo capítulo com o SUV Boreal.
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