O dia em que Senna quase trocou a F1 pela Indy e impressionou todo mundo

Senna Fórmula Indy Senna Fórmula Indy

Ayrton Senna é lembrado por sua genialidade na Fórmula 1, mas poucos sabem que, em 1992, ele chegou muito perto de mudar de categoria — e mais ainda: quase venceu a Fórmula Indy logo na primeira tentativa. Tudo começou com um teste secreto que virou lenda.

Quando tudo parecia incerto

No fim da temporada de 1992, Senna não tinha certeza de onde estaria no ano seguinte. A McLaren ia perder os motores Honda e perder competitividade. A Williams era a favorita ao título, mas sua vaga ainda não estava garantida. Foi aí que surgiu uma alternativa ousada: migrar para a Fórmula Indy.

Convite feito por Emerson Fittipaldi, com apoio da Marlboro, e Senna topou na hora. O teste foi marcado para o dia 20 de dezembro de 1992, no Firebird Raceway, nos EUA. A pista era pequena e técnica — do jeito que Senna gostava.

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O carro e o desafio

Senna pilotaria um Penske PC21 com motor Chevrolet turbo, o mesmo modelo usado por Fittipaldi na temporada. Emerson foi o primeiro a entrar na pista para dar algumas voltas. Mesmo com os pneus frios e o clima gelado, conseguiu um tempo respeitável: 49,7 segundos.

Era a marca a ser batida — e a referência para o novato da Indy.

Primeiras voltas e um susto na cronometragem

Quando Senna entrou no carro, tudo foi ajustado ao seu estilo: banco modificado, pequenos acertos na suspensão traseira, e pronto. Nas primeiras voltas, ele apenas sentiu o carro, como quem aprende um novo instrumento. Mas não demorou para mostrar o porquê de ser diferente.

Na volta mais rápida, cravou 49,09 segundos. Seis décimos mais rápido que Fittipaldi. E detalhe: era a primeira vez que pilotava aquele carro.

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Reação da equipe? Incrédula

Roger Penske, dono da equipe, ficou impressionado. A equipe inteira ficou em silêncio ao ver o cronômetro. Emerson Fittipaldi, com anos de experiência no carro, não conseguia acreditar.

A precisão, a adaptação rápida, a leitura de pista e carro… Tudo indicava que Senna poderia competir na Indy de igual para igual com os melhores. E mais: com chances reais de vencer logo nas primeiras corridas.

Pressão na McLaren?

Apesar do desempenho espetacular, Senna não estava decidido a trocar a Fórmula 1 pela Indy. Esse teste também teve um papel estratégico: aumentar a pressão sobre Ron Dennis, então chefe da McLaren, para garantir um carro competitivo em 1993.

Era Senna sendo Senna: veloz na pista, inteligente nos bastidores.

E se tivesse ido para a Indy?

Essa é a pergunta que fica no ar. Caso tivesse feito a mudança, Senna teria a chance de buscar algo ainda mais grandioso: a Tríplice Coroa do Automobilismo — vencer o GP de Mônaco (feito), a Indy 500 e as 24 Horas de Le Mans.

Apenas Graham Hill conseguiu esse feito. Sabendo do talento e da fome por desafios de Senna, será que ele teria ido atrás?

Difícil dizer. Mas quem viu aquele teste em 1992 não duvida que ele seria capaz.

Uma lenda que quase foi escrita de outra forma

Hoje, aquele dia no Firebird Raceway é lembrado como uma nota de rodapé na carreira de Senna. Mas poderia muito bem ter sido o começo de uma nova era.

O que ficou foi mais uma prova de que Ayrton Senna era muito mais do que um piloto de Fórmula 1. Ele era um fenômeno que se adaptava a qualquer carro, qualquer pista, qualquer desafio.

E mesmo que a Indy tenha sido só um teste, mostrou o que todos já sabiam: nunca se aposta contra Ayrton Senna.

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