A nova moda nos postos: “coloca 20 litros aí!”
Nos últimos dias, uma nova polêmica viralizou nas redes sociais: a galera começou a questionar se vale mais a pena abastecer o carro em litros, e não em reais. Surgiram vídeos dizendo que pedir, por exemplo, “20 litros de gasolina” pode evitar golpes ou ajudar a garantir que você receba exatamente o que está pagando. Mas será que isso é verdade mesmo?
Se você também ficou com essa pulga atrás da orelha, relaxa. A gente destrinchou tudo: de onde surgiu a história, se tem embasamento técnico e o que dizem os especialistas. Vem com a gente entender esse rolê!
De onde veio isso?
Tudo começou com vídeos no TikTok e Reels no Instagram, onde motoristas afirmavam que pedir para abastecer por litro — e não por valor em reais — evitaria erros ou fraudes no visor da bomba. Segundo esses vídeos, o litro é uma medida fixa, enquanto o valor pode ser manipulado por meio de pequenos truques nos postos desonestos.
Rapidamente, o tema explodiu. Muita gente achou que era uma descoberta genial. Outros disseram que era só paranoia. Mas o que é verdade nisso?
Litros x reais: qual a diferença?
Vamos ao básico:
- Quando você pede para abastecer R$ 100, o frentista digita esse valor e a bomba calcula quantos litros isso dá, com base no preço por litro do dia.
- Quando você pede 20 litros, o frentista coloca a quantidade exata de combustível, e o visor mostra quanto isso vai custar.
Na teoria, o resultado final deveria ser o mesmo. Mas o argumento de quem prefere litros é que essa forma dificultaria fraudes, já que o volume é uma medida física controlada e aferida pelo Inmetro.
E tem golpe mesmo?
Sim, infelizmente existem casos reais de bomba adulterada ou frentista mal-intencionado, principalmente quando o posto não segue as normas. Nesses casos, a bomba pode marcar um valor maior do que o combustível realmente entregue.
Por isso, alguns especialistas e motoristas mais atentos acreditam que pedir “em litros” te dá mais controle. Isso porque o Inmetro costuma verificar se a bomba está entregando o volume exato de combustível, enquanto o valor em reais pode ser manipulado com mais facilidade, em sistemas adulterados.
Mas vale lembrar: isso só acontece em postos ruins, sem fiscalização. A maioria dos estabelecimentos sérios entrega certinho, seja por litros ou por valor.
O que diz o Inmetro?
O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) fiscaliza as bombas de combustível para garantir que elas estejam entregando o volume exato marcado no visor. Ou seja, a quantidade em litros é aferida com muito mais rigor do que o valor cobrado.
Por isso, tecnicamente, pedir por litro pode ser mais preciso. Mas o órgão não diz que uma forma é mais segura que a outra — desde que a bomba esteja em conformidade.
Vantagem real ou só efeito psicológico?
Na prática, a diferença entre abastecer por valor ou por litro é mínima, especialmente em postos confiáveis. Mas pedir em litros pode sim ser uma estratégia inteligente:
- Você garante que vai receber exatamente o volume que pediu;
- É mais fácil fazer cálculos sobre consumo e rendimento do carro;
- Pode dificultar golpes ou falhas em bombas adulteradas.
Por outro lado, abastecer por reais é mais simples e mais comum — principalmente quando a grana tá contada. Afinal, muita gente chega no posto e solta o clássico “bota 50 aí!”.
Como saber se o posto é confiável?
Dica de ouro: independente de como você pede, o mais importante é confiar no posto. Procure por estabelecimentos com:
- Selo de verificação do Inmetro nas bombas;
- Marcas reconhecidas (Shell, Ipiranga, Petrobras);
- Bons comentários no Google e redes sociais;
- Frentistas atenciosos que não fazem pressão.
Ah, e fique de olho se o frentista zera o visor antes de começar o abastecimento. Se não zerar, já pode desconfiar.
Conclusão: vale a pena pedir em litros?
Se você abastece sempre nos mesmos valores e gosta de controlar o consumo certinho, pedir em litros pode ser sim uma boa prática. Não vai te deixar rico, nem transformar seu carro em híbrido, mas pode evitar dor de cabeça — principalmente em lugares onde você não conhece a procedência do combustível.
Agora, se você já tem um posto de confiança, abastecer em reais continua sendo tão válido quanto. No fim das contas, o que mais importa é o posto ser honesto e o carro rodar redondo.