A Pioneer decidiu apostar alto na nostalgia e lançou um novo rádio automotivo que, à primeira vista, parece ter saído direto dos anos 90. O modelo SXT-C10PS traz de volta a estética dos antigos toca-fitas, mas por trás do visual retrô está um equipamento recheado de tecnologia moderna. O lançamento foi anunciado pela divisão europeia da marca e já está dando o que falar entre os fãs de carros clássicos e do estilo old school.
Com comandos físicos, visor simples e até uma “gaveta de fita” que esconde a entrada USB, o novo rádio da Pioneer é a prova de que o vintage voltou com tudo — e com funcionalidade. A ideia, segundo a empresa, é atender à demanda crescente de motoristas que querem manter a originalidade dos painéis dos anos 80 e 90, mas sem abrir mão de recursos atuais como Bluetooth e controle via smartphone.
Toca-fitas ou central multimídia?
Engana-se quem olha rápido e pensa que se trata de um toca-fitas antigo. O SXT-C10PS tem conectividade Bluetooth, entrada USB escondida atrás do que seria a portinha da fita cassete, rádio digital (DAB+) e integração com aplicativo para configuração de áudio direto no celular. Ou seja, é basicamente uma central multimídia disfarçada.
A proposta aqui é unir o melhor dos dois mundos: o charme dos botões giratórios, visores com luz âmbar e comandos simples, com a praticidade da tecnologia moderna. E tudo isso sem desrespeitar o visual de carros como BMW E36, Mercedes-Benz 190E ou qualquer outro clássico que os donos queiram manter “de época”.
Tecnologia por trás do visual retrô
O aparelho entrega 4 canais com 50 watts de potência máxima e 22 watts RMS por canal — o que está dentro dos padrões modernos de som automotivo. Também é compatível com o rádio digital europeu (DAB+), algo que ainda não existe oficialmente no Brasil, mas que já está sendo implantado em vários países.
Segundo Girish Janday, gerente de marketing da Pioneer Europe NV, o produto foi desenvolvido com base em estudos que apontaram que muitos motoristas sentem falta de painéis mais simples e intuitivos. “Os donos de carros clássicos querem manter o visual original e ao mesmo tempo aproveitar os avanços tecnológicos. Esse produto entrega exatamente isso”, afirmou o executivo.
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Nada de telas touch — e isso é proposital
Um dos diferenciais mais comentados do SXT-C10PS é justamente o fato de ele não ter nenhuma tela touch. Isso pode parecer estranho em um mundo dominado por centrais multimídia gigantescas, mas é parte do charme — e da proposta.
A Pioneer quis resgatar a experiência de dirigir nos anos 90, com botões giratórios, comandos físicos bem espaçados e totalmente funcionais. E mais do que uma decisão estética, é também uma crítica aos sistemas modernos que exigem toques múltiplos em telas e podem acabar tirando a atenção do motorista.
Muitos entusiastas apontam que, apesar dos avanços, a ergonomia dos carros antigos com botões físicos ainda é imbatível quando o assunto é facilidade e segurança no uso.
Quanto custa essa volta ao passado?
O SXT-C10PS chega ao mercado europeu em outubro com preço sugerido de €399 — cerca de R$2.300 na conversão direta, sem impostos. É o tipo de equipamento que, dependendo do carro, pode custar mais caro do que um jogo de pneus, mas isso não parece assustar os colecionadores e apaixonados por carros clássicos.
Nas redes sociais, o novo rádio da Pioneer já está viralizando entre grupos de entusiastas, fóruns especializados e páginas de carros antigos. Muita gente vê nele uma alternativa perfeita para restaurar veículos sem desrespeitar sua essência original.
Visual clássico, espírito moderno
Seja pela nostalgia, pelo apelo visual ou pela praticidade escondida sob a “fantasia” de toca-fitas, o SXT-C10PS tem tudo para se tornar um item cobiçado entre quem curte carros antigos. Ele mostra que nem todo avanço precisa significar deixar o passado para trás.
A Pioneer soube unir forma e função em um produto que respeita o legado dos anos 80 e 90 — e prova que o design retrô pode, sim, ter espaço nos carros atuais. Em tempos em que tudo é touch, menu e software, um botão giratório pode ser exatamente o diferencial que faltava.
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