Robotáxis da Tesla estreiam no Texas e já causam polêmica com erros graves

Robotaxi Tesla Robotaxi Tesla

A tão prometida frota de Robotáxis da Tesla finalmente começou a rodar. A estreia aconteceu no último fim de semana em Austin, no Texas, com uma operação limitada e repleta de holofotes. Os carros já circulam sem motorista no banco da frente, em modo totalmente autônomo — pelo menos na teoria.

Na prática, os primeiros testes mostraram que a tecnologia ainda está longe de estar pronta para o uso diário. Vídeos gravados por influenciadores convidados para experimentar o serviço revelam uma série de comportamentos inseguros, erros básicos de navegação e até situações perigosas que exigiram intervenção humana.


Área limitada e sob condições ideais

O serviço está sendo testado em um perímetro de cerca de 30 milhas quadradas no sul de Austin, funcionando apenas durante o dia e sob clima favorável. Os carros não têm ninguém no volante, mas um operador de segurança acompanha cada viagem no banco do passageiro, pronto para intervir caso algo dê errado. Além disso, há monitoramento remoto para auxiliar em emergências.

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A Tesla insiste que se trata de um marco no avanço da condução autônoma, mas os acontecimentos dos primeiros dias apontam para uma realidade mais crua e instável.


Erros já nos primeiros testes públicos

Embora os primeiros passageiros tenham sido, em sua maioria, influenciadores fãs da Tesla, nem mesmo eles conseguiram ignorar os problemas. A internet rapidamente se encheu de vídeos que revelam comportamentos preocupantes dos veículos.

Entre os principais incidentes registrados:

  • Um carro tentou virar antes do ponto correto, se atrapalhou e chegou a invadir brevemente a faixa do sentido contrário;
  • Outro ficou parado por mais de um minuto no meio da rua, aparentemente sem saber o que fazer;
  • Teve também frenagens fantasmas — quando o carro freia bruscamente sem motivo visível;
  • Em um dos vídeos, o veículo tentou deixar um passageiro no meio de um cruzamento, causando confusão;
  • Em outra situação, só a intervenção do operador evitou uma colisão com um caminhão da UPS.

Comportamento errático e decisões perigosas

O sistema ainda parece lutar para interpretar situações cotidianas do trânsito. Em um caso, o Robotáxi acelerou além do limite de velocidade após passar por uma lombada, ignorando um objeto na pista logo à frente. Em outro, o carro bateu em um meio-fio ainda dentro de um estacionamento.

Um passageiro relatou que o veículo ficou confuso ao se deparar com viaturas da polícia, freando de forma brusca e desnecessária, mesmo sem risco aparente.

Essas situações levantam uma pergunta essencial: até que ponto a Tesla está pronta para operar veículos totalmente autônomos em áreas públicas?


Tesla promete demais e entrega de menos?

Vale lembrar que essa não é a primeira iniciativa de carros autônomos nos Estados Unidos. Empresas como a Waymo (da Alphabet/Google) e a Cruise (da GM) já operam serviços semelhantes há mais tempo, com níveis variados de sucesso. A diferença é que a Tesla atrai muito mais atenção, graças ao marketing agressivo de Elon Musk e à enorme base de fãs da marca.

A Tesla há anos promete um sistema de condução totalmente autônomo, com prazos que são constantemente adiados. O lançamento em Austin, embora simbólico, mostra que o sistema ainda precisa de muito ajuste. Afinal, um carro que precisa de um humano ao lado pronto para salvar a situação a qualquer momento não é realmente autônomo.

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Supervisão constante e promessas questionadas

Por mais empolgação que exista por parte dos entusiastas, os testes em Austin deixam claro que a supervisão humana ainda é essencial. A presença de um operador no banco do passageiro, somada ao monitoramento remoto, mostra que a tecnologia ainda não tem maturidade para operar sozinha com segurança.

Enquanto Musk fala em um futuro onde os carros da Tesla dirigirão sozinhos e gerarão renda para seus donos, o presente mostra veículos que não sabem lidar com um simples cruzamento ou com um obstáculo comum na pista.


Conclusão: um passo importante, mas longe da autonomia plena

Sim, o lançamento dos Robotáxis da Tesla é um marco importante, especialmente pelo impacto da marca no setor automotivo. Mas a realidade é que, apesar do hype, a estreia revelou mais falhas do que acertos.

Se a Tesla realmente quiser liderar o futuro da condução autônoma, vai precisar melhorar — e muito — a confiabilidade de seu sistema, antes de remover de vez o operador humano de seus veículos.

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