A Toyota já decidiu qual será a pegada para 2025 nos Estados Unidos: mais produção, mais carros nas concessionárias e, claro, mais vendas. A montadora japonesa quer encher os estoques e dar aos lojistas americanos a chance de faturar alto. Mas quando o assunto é carro elétrico, a marca continua jogando na retranca e apostando todas as fichas nos híbridos.
Meta é simples: fabricar mais, vender mais
De acordo com a Toyota, a meta para este ano é bater a casa dos 2 milhões de veículos fabricados na América do Norte. Em 2024, a empresa já havia vendido quase 2 milhões de carros, um crescimento de 3%, mesmo com algumas pausas forçadas em modelos híbridos devido a problemas técnicos.
Agora, a estratégia muda um pouco. Se antes a marca trabalhava com estoques reduzidos e vendia os carros antes mesmo de chegarem às lojas, agora a ideia é deixar as concessionárias abastecidas, garantindo mais volume e mais oportunidades para os clientes.
E os elétricos? Ainda na geladeira
Apesar do avanço dos híbridos e híbridos plug-in, a Toyota segue relutante com os 100% elétricos. O único modelo desse tipo no portfólio, o SUV bZ4X, não teve o sucesso esperado, e novas regras ambientais nos EUA exigirão que 35% das vendas sejam de veículos sem emissões até 2026.
Os revendedores já estão tentando barrar essas regras junto ao governo, e a Toyota promete lançar novos elétricos “de verdade” em breve. Mas, por enquanto, o foco segue nos híbridos, que já representam quase metade das vendas da marca e podem crescer ainda mais este ano.
No Brasil, Toyota foca nos híbridos flex
Enquanto nos EUA a Toyota tenta equilibrar a conta entre híbridos e elétricos, no Brasil a estratégia é bem clara: investir pesado nos híbridos flex. O Yaris já saiu de cena, abrindo espaço para o Yaris Cross, SUV compacto que deve chegar com motor 1.5 aspirado e uma versão híbrida flex.
Além disso, a Toyota já anunciou um investimento de R$ 11 bilhões no Brasil até 2030, o que inclui a ampliação da produção e a chegada de mais dois híbridos flex pensados para o mercado nacional. Ou seja, a marca segue fiel à sua receita de sucesso: vender híbridos agora e deixar a eletrificação total para depois.
Se não dá para fugir dos elétricos, pelo menos dá para adiar a batalha.